27 de fev. de 2014

CONTRAS DA AUTOHEMOTERAPIA


Significado:
auto = per si + hemo = sangue + terapia = tratamento
Auto-hemoterapia apresenta riscos à saúde, alertam os especialistas. A razão é porque:
Uma vez por semana o sangue é retirado da veia e no mesmo momento é aplicado no paciente em outro local (um músculo) do corpo e não recebe nenhum tratamento, ou com desconhecimento de procedimentos profiláticos.

Relatos Auto-Hemoterapia separados por doenças
A inclusão repetida de alguns relatos, é porque eles citam mais de uma doença.

veja mais... Auto-Hemoterapia - Benefícios
Os benefícios da auto-hemoterapia observados em várias enfermidades pelos testemunhos abaixo, são a maior prova de que ela estimula o sistema imunológico.
Uma terapia de enorme valor e algum risco.


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A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CRMESP) alertam para o uso da técnica...
Conhecida como auto-hemoterapia, a técnica consiste na retirada do sangue do paciente e na aplicação, uma vez por semana, no músculo do braço ou nas nádegas. O sangue é retirado no momento em que será aplicado no paciente e não recebe nenhum tratamento.
De acordo com Dalton Chamone, professor titular de hematologia e hemoterapia da FMUSP e presidente da Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo, “a prática é tão antiga quanto o uso de sangria há 200 anos. 
Não há comprovação científica sobre a eficácia do tratamento”, explica Chamone.
Apesar da não comprovação científica dos benefícios a auto-hemoterapia vem sendo utilizada em todo o País. 
Na Internet existem vários sites que divulgam esse tratamento. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro está abrindo sindicância contra o médico carioca Luiz Moura, que chegou a defender essa prática num DVD.

Chamone disse que não sabe o valor das sessões, mas ouviu o relato de alguns pacientes que o custo de cada aplicação pode chegar a R$ 500,00.
A Anvisa também lançou nota técnica: no dia 13 de abril, que anunciando que condena a prática da auto-hemoterapia, porque não há estudos científicos que comprovem sua eficácia.
Alerta – A FMUSP alerta que a auto-hemoterapia não tem fundamento científico e pode provocar efeitos colaterais graves, como infecção generalizada, e levar o paciente à morte. Chamone disse que “a técnica é uma ‘picaretagem’, pois não há evidências científicas que comprovem sua eficácia e segurança.
O efeito é absolutamente inócuo e é uma absoluta incoerência retirar o sangue e aplicá-lo novamente, para que ele circule em todo o corpo, se ele já estava circulando. 
É um tratamento de modismo, tal qual tantos outros. 
No interior do Brasil, ainda é comum as pessoas beberem urina de cavalo para tratar várias doenças”, informa o médico.



Desirè Carlos Callegari, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, também adverte sobre os riscos de infecção que podem em determinados casos evoluir para a infecção generalizada, levando alguns pacientes ao óbito. Chamone explica que “a infecção pode ocorrer porque há bactérias na pele e uma parte delas pode entrar na seringa. Quando você injeta o sangue no músculo, forma-se um hematoma, que é uma fonte de cultura de bactérias”.
Comprovação científica – Entidades médicas, FMUSP e comunidade científica não reconhecem a auto-hemoterapia como prática médica. A Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (SBHH) lançou nota oficial esclarecendo a população de que não existe na literatura médica (nacional e internacional), qualquer estudo com evidências científicas sobre este tema e que “são desconhecidos os possíveis efeitos colaterais e complicações dessa prática”. 
A auto-hemoterapia foi proibida, também, pelo Conselho Federal de Medicina.

Velha técnica promete curar de acne a câncer

A auto-hemoterapia consiste na retirada do sangue do paciente e na sua introdução, uma vez por semana, no músculo do braço ou nas nádegas. De acordo com os profissionais de saúde que utilizam a técnica, a quantidade de sangue a ser aplicada depende da doença que deve ser tratada e pode variar de 5 mililitros a 20 mililitros. Cada braço pode receber até 5 mililitros e cada nádega até 10 mililitros. Quando o organismo recebe o sangue no músculo, o reconhece como um corpo estranho, o que estimularia o sistema imunológico. O método, segundo eles, seria capaz de curar de acne a câncer.

Maria Lúcia Zanelli
da Agência Imprensa Oficial

Na minha própria opinião qualquer terapia que não seja invasiva ou coloque em risco a saúde pelo seu potencial maligno ou pelo desconhecimento dos possíveis efeitos colaterais é valida desde que, o usuário não tenha necessidade de uma outra alternativa para obter uma saúde melhor. A sangria em animais foi um recursos muito usado para algumas necessidades e usada em seres humanos também.
" A retirada de uma quantidade de sangue, com finalidade de aliviar alguns sinais e sintomas, denomina-se sangria ou flebotomia terapêutica. O objetivo é retirar um produto celular ou metabólico, presente em excesso no sangue circulante ou de depósito em órgãos parenquimatosos. Portanto está indicada nas eritrocitoses, geralmente acompanhadas de aumento da volemia e da viscosidade sangüínea e nas condições de acúmulo de produto metabólico ou não, mas tóxico para as células de vários órgãos. É uma condição simples e segura, mas não isenta de efeitos colaterais devidos à hipovolemia transitória. Pode-se usar ou não, profilaticamente, solução fisiológica a 0,9% intravenosa, antes, durante ou após o procedimento (sangria normovolêmica ou euvolêmica). Dependendo destes efeitos e das condições gerais do paciente, pode ser realizada no ambulatório ou no hospital. A indicação do procedimento é baseada em valores do hematócrito e/ou hemoglobina considerados danosos ou pela sintomatologia. A freqüência pode ser regular (diária, semanal ou mensalmente) ou esporádica. Pode induzir efeitos deletérios como anemia ferropriva e hipoxia tissular, portanto só deverá ser indicada nas condições em que os benefícios superam os riscos." 
fonte: Sangria terapêutica - Medicina - Ribeirão Preto - jul/set 1999 -

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