Movimentos religiosos judaicos
Origem, crenças e relação com Jesus
FARISEUS -
Movimento de resistência contra o esvaziamento dos ideais religiosos tradicionais do judaísmo por parte da realeza sacerdotal secularizada. Presença de Escribas
Pureza e santificação
Imortalidade da Alma
Ressurreição corporal
Existência de anjos e demônios
Ação de Deus na vida humana, não determinista .
É o grupo que mais confronta Jesus, apesar de compartilhar das mesmas crenças. Textos extrabíblicos confirmam o quanto eram questionadas as posturas de Jesus como andar com pecadores e tratar da graça eram interpretados como fraqueza.
ESSÊNIOS -
Grupo sectário, fechado, descendente de famílias sacerdotais descontentes com o rumo das coisas em Jerusalém, e que teria se retirado para o deserto ainda no século 2 a.C.
Não são mencionados nos evangelhos, mas podem ter relação com o grupo de J.Batista. Sua mentalidade escatológica também está presente na pregação de Jesus.
Jesus Cristo, conforme registrado nos Evangelhos de Mateus, capítulos 24 e 25, Marcos, capítulo 13 e Lucas, capítulo 21, teceu considerações extensas sobre aquilo que ensinou ser a sua próxima vinda ou "parúsia" bem como o "fim do mundo". No entanto, afirmou que mais ninguém além de Deus sabia quando isso viria a acontecer.
A escatologia costuma relacionar-se com conceitos tais como Messias ou Era Messiânica, a pós-vida, e a alma. É uma parte da teologia e filosofia que trata dos últimos eventos na história do mundo ou do destino final do gênero humano, comumente denominado como fim do mundo.
ESCRIBAS - Intelectuais do antigo Israel, versados na escrita e interpretação de textos sagrados. O grupo se fortaleceu a partir do pós exílio. Em sua maioria, pertenciam ao grupo dos fariseus
A relação com Jesus foi dúbia. Em geral eram criticados mas também elogiados. Eram muito legalistas e não aceitavam as interpretações de Jesus a respeito de algumas leis.
SICÁRIOS -
Surgiram em Jerusalém, depois de 50 d.C. O nome é derivado da lâmina que usavam para praticar assassinatos políticos.
Tinham um caráter de guerrilheiros terroristas, ou contraterroristas, tendo em vista o terror imposto por Roma.
Desejavam a libertação de Israel das mãos dos sacerdotes corruptos.
Não há nenhum registro literário que possa confirmar qualquer contato.
Normalmente se associa Judas Iscariotes como sendo um sicário, mas isso é especulação.
ZELOTES -
Historicamente só aparecem como grupo armado na guerra judaica (66 d.C.).
Os grupos anteriores já alimentavam suas crenças, mas apenas como fiéis cumpridores da Lei (zelosos, daí o nome zelote).
Ligados à tradição farisaica, tinham uma expectativa messiânica que estava sintonizada com os movimentos populares.
Lutavam pela libertação de Israel e a manifestação do Messias da Justiça.(...)
Não há uma relação direta, mas a presença de discípulos denominados zelotes (Lc 6,15) pode indicar um grupo com postura similar àquela encontrada depois no movimento armado dos zelotes.
HERODIANOS -
Grupos de nobres ligados a família herodiana e que davam sustentação política por meio da colaboração com Roma. Em geral eram relacionados aos sacerdotes e saduceus, e por isso compartilhavam de suas crenças. Opositores ferozes de Jesus, até pelo receio do movimento de Jesus se tornar forte o suficiente para depor o rei. Foi provavelmente o grupo que manipulou o julgamento de Jesus para que ele fosse condenado.
SAMARITANOS -
Povo miscigenado que povoou o norte de Israel depois do exílio babilônico. Consideravam-se descendentes das tribos de Efraim e Manasses, a partir do patriarca José. Defensores da religião das origens, com cinco pontos fundamentais:
• Monoteísmo;
• Moisés como único profeta;
• só o Pentateuco é inspirado;
• o monte Garizim como lugar sagrado;
• a ressurreição dos mortos no juízo.
Há um movimento de oposição e simpatia, pois em Samaria há muita fé. Na verdade, os Galileus, mesmo sendo judeus autênticos, eram tratados com desprezo pelos judeus da Judéia, o que aproximava mais os galileus dos samaritanos.