7 de jun. de 2016

GALILÉIA DE JESUS DE NAZARÉ- BERÇO CRISTÃO







GALILÉIA: O BERÇO DO CRISTIANISMO


Terra natal de Cristo e de quase todos os seus apóstolos, a #Galiléia foi objeto de cobiça e discriminação da sociedade judaica. Saiba como era a vida de seus habitantes e acompanhe a trajetória da região sagrada dos tempos de Jesus até hoje. 
“Pode vir algo bom de #Nazaré?”
perguntou Natanael, escolhido por #Jesus como apóstolo, em um trecho do Novo #Testamento, referindo-se à cidade da Galiléia, onde Cristo nasceu. Essa emblemática passagem bíblica mostra a má reputação da antiga província do norte da Palestina, de onde também eram todos os discípulos de Jesus, com exceção de Judas Iscariotes. 

A mesma atitude depreciativa está por trás do comentário que os fariseus dirigem a Nicodemus quando ele pede que não julguem Jesus sem antes escutá-lo: “Dar-se-á o caso de que também tu és da Galileia? Examina e verás que da Galileia não se levanta profeta” (Jo 7.52).



Esta atitude tinha muito a ver com o preconceito dos judeus do sul da Palestina contra a província onde a mistura de judeus e gentios havia dado origem ao nome Galileia: literalmente, “o círculo”, com a conotação de “o círculo dos pagãos”..

A região menosprezada pela sociedade judaica da época, era conhecida como terra de revolucionários. Exemplo disso são relatos históricos que contam que, por volta de 4 a.C., um rebelde saqueou o arsenal de Séforis, capital da província, e armou seus seguidores. Capturando-o, as tropas romanas que governavam a Palestina queimaram a cidade, que depois foi reconstruída. Após dez anos, um outro insurgente, conhecido por Judas, levantou uma revolta contra o imperador pagão de Roma, conclamando os galileus a não pagarem os impostos. Como resultado, cerca de 960 judeus, entre homens, mulheres e crianças, se mataram para não serem levados como prisioneiros pelos soldados romanos.

 JUDÉIA, SAMARIA E GALILÉIA
Etimologia da palavra Galileia

Do Latim GALILEA, do Grego GALILAIA, “parte norte da Palestina”, do Hebraico HAGGALIL, “o distrito”, um encurtamento de GALIL HAGGOYIM, “distrito das nações”; “nações” aqui se refere a “estrangeiros”.

Na época romana, o país foi dividido em Judeia, Samaria e da Galileia, que compreendia toda a seção norte do país, e foi a maior das três regiões. Herodes Antipas, filho de Herodes, o Grande, governou como tetrarca da Galileia.


Segundo a Bíblia, Salomão recompensou Hiram I, para determinados serviços, dando-lhe de presente uma planície de terras altas entre as montanhas de Naftali. Hiram chamou de "a terra de Cabul". Em Isaías (08:23 / 09:01), a região é conhecida como "distrito da Organização das Nações" (גְּלִיל - הַגּוׁיִם; 

lit: Glil HaGoyim), com grande parte desse nome que está sendo mantido na sua atual denominação de Galil ou Hagalil.
Durante o período dos Hasmoneus, com a revolta dos Macabeus e do declínio do Império Selêucida, a Galileia foi conquistada pela Judeia, e a região foi repovoada pelos judeus. Numa outra visão histórica, não havia movimentos populacionais particularmente em grande escala durante esse período, a Galileia aceitou juntar-se aos judeus, porque sua população decidiu reconhecer a autoridade do templo de Jerusalém ao invés do templo samaritano.

LAR DE JESUS
A região da Galileia foi, presumivelmente, o lar de Jesus durante pelo menos 30 anos de sua vida.
Nazaré era uma pequena aldeia ignorada pela literatura do Antigo Testamento e aparecendo no Novo Testamento.
As escavações têm demonstrado se tratar de uma aldeia camponesa, onde as pessoas não tinham acesso e tempo para aprender a ler e escrever. No tempo de Jesus deviam viver ali entre duzentos e quatrocentos habitantes.

Os três primeiros evangelhos do Novo Testamento são principalmente um relato do ministério público de Jesus na província, particularmente nas cidades de Nazaré e Cafarnaum.
A Galileia é também citada como o lugar onde Jesus curou um homem cego.
A maioria da Galileia consiste em terreno rochoso, a uma altura de entre 500 e 700 metros. Existem várias montanhas, incluindo o monte Tabor e o monte Meron na região, que têm temperaturas relativamente baixas e alta pluviosidade.
Como resultado deste clima, a flora e a fauna prosperam na região, enquanto muitas aves migram anualmente a partir de climas mais frios para a África e de volta pelo corredor Hula-Jordão. Os rios e cachoeiras, este último principalmente na Alta Galileia, junto com os vastos campos de flores silvestres e vegetação colorida, bem como numerosas cidades de importância bíblica, fazem da região um destino turístico.

Devido à sua elevada pluviosidade (900–1200 mm), temperaturas amenas e altas montanhas (elevação Monte 
Meron é 1,000-1,208 metros), a região da Galileia superior contém flora e fauna únicas: cedro-de-espanha (Juniperus oxycedrus), o cedro-do-líbano (Cedrus libani), que cresce em um pequeno bosque no monte Meron, Cyclamens, peônias (Paeoniaceae) e Rhododendron ponticum que às vezes aparece no Meron. 

POVO  "CAIPIRA"
Os profetas do judaísmo viam a Galiléia, considerada culturalmente retrógrada, como uma terra de maldição, e os textos rabínicos descrevem seu povo como “caipira”. Segundo escritos da época, o dialeto hebraico falado na região era tão grosseiro que os galileus não eram chamados para ler a Torá – o livro de leis do judaísmo – nas sinagogas de outras províncias. Falar o aramaico, a linguagem comum, de forma grosseira era algo que caracterizava o judeu da Galiléia.

“Em termos sociais, a região mantém desde tempos antigos a organização por meio de clãs (famílias), que se congregavam em aldeias e vilas”, explica Rodrigues da Silva. “Temos as aldeias da Alta Galiléia e da Baixa Galiléia, que, socialmente e politicamente falando, representaram a força de defesa da província frente ao controle das cidades e, certamente, na resistência ao domínio estrangeiro”, continua ele, referindo ao rígido domínio romano na região. “Falar da Galiléia a partir das aldeias implica na percepção de uma região marcada pela manutenção das antigas tradições”.

O professor explica que a transmissão oral dessas tradições era um aspecto característico da província. “A oralidade era muito forte na Galiléia, assim como a resistência da cultura do povo presente na manutenção da língua aramaica”, diz ele. As sinagogas também eram peça fundamental na organização da sociedade. “Em termos religiosos, nos deparamos não só com uma Galiléia que mantém as tradições da casa, mas que também concentra as dimensões da religião nas sinagogas. Era lá que o povo estudava a Torá, fazia suas orações diárias e reunia-se para discutir os problemas da vila”, continua Rodrigues da Silva, que destaca a importância das sinagogas também como local para a realização de assembleias gerais.

Tinham uma dieta simples: pão, azeitona e azeite, vinho. Em ocasiões especiais, cozinhavam lentilhas com legumes, pão de fibra, nozes, frutas, queijo e iogurte.
Algumas vezes comiam peixe salgado; carne vermelha era privilégio para as grandes festas.
Expectativa de vida média era de 30 anos, em poucos casos se vivia até os cinqüenta ou sessenta anos.












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