21 de abr. de 2015

3 1 3 TIMÓTEO

Satanás era o príncipe deste mundo desde sua expulsão do Reino Celestial e governava junto com os anjos rebeldes e . . .  seu reino foi tomado. 

imagens da volta de jesus, lindas imagnesAté seiscentos anos antes do tempo de João Batista, nenhum profeta houve e o povo de israel estava só e sem contato com Deus e o espírito de Deus não falava com o povo através dos profetas como antigamente. 
Até João Batista encontrar aquele a quem esperava o qual tinha a missão de batizar, Jesus.
Com a vinda do Espirito Santo em forma de pomba na visão de João Batista, ficou esclarecido para Jesus o início da sua condição e a sua missão ( visão de João Batista da pomba e da voz de Deus) 
"Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.
Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim?
Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu.
E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.
E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.

Mateus 3:13-17

Iniciou-se então a preparação para o Reino Celestial e Jesus após a sua ressurreição, deixou entre nós o seu espírito e a porta do Reino Celestial estará sempre aberta e o reino de Deus será instalado na terra. 
Jesus disse, meu reino não é deste mundo.
(não é profecia minha, é calculo matemático aproximado, os três dias estarão se cumprindo por volta de 2017) . Mas já se passaram-se 5.500 anos desde a promessa feita à Adão. (segundo Enoch) http://rubenatureza.www.link>5500-anos-o-perdao-para-adao

Este período que vivemos até agora, foi de paz e prosperidade e preparação e divulgação do evangelho. Poderia ter sido pior. 
Dentro de pouco tempo satanás será novamente solto, para que possa ser julgado também pelos homens, porque Deus já o tem condenado anteriormente e desnecessário é julga-lo novamente. 
O julgamento de Satanás pelo homem, a que me refiro é sobre o comportamento do homem e da sua aceitação das coisas de Satanás, ou não. 
Cada homem decidirá qual o seu reino e líder do reino.

Mas as consequências serão graves para quem não se preparar e após o arrebatamento da Igreja e daqueles que creram que o derramamento do sangue de Cristo não foi em vão, ( não disse das igrejas que existem por aí e nem da grande prostituta romana), eu disse da Igreja de Cristo http://rubenatureza.link>A Igreja-de-cristoesta sim será arrebatada.
Os que restarem terão que ser provados pelo próprio sangue ou aceitar a imposição do mal. Mas, de qualquer forma Babilonia cairá  http://rubenatureza.link>Babilonia
TIMÓTEO 3.1.3.
Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, 
sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus. Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles.
Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência, Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou; E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições. Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. 2 Timóteo 3:1-17 




O VÍDEO DO DISCURSO TRADUZIDO EM PORTUGUES FOI ROUBADO DAQUI ; então segue por escrito TAMBÉM. .
Este discurso encaixou exatamente dentro do meu pensamento e denuncia o comportamento humano destes últimos dias, parabéns ao russo.
Publicado em 10 de dez de 2014

Discurso histórico do Presidente da Rússia, Vladimir Putin sobre a Nova Ordem Mundial (imposta ao mundo pelos EUA) durante a 11ª reunião do Clube Valdai de Discussão Internacional. Local: Sochi, Rússia. Sexta-feira, 24 de outubro de 2014.

PRESIDENTE DA RÚSSIA VLADIMIR PUTIN: 

Colegas, senhoras e senhores, amigos, é um prazer recebê-los nessa 11ª reunião do Clube Valdai de Discussão Internacional. Já se informou que o clube, esse ano, tem novos co-organizadores. Incluem-se organizações russas não governamentais, grupos de especialistas e as principais universidades. A ideia foi também ampliar as discussões para incluir não só questões relacionadas à própria Rússia, mas também da política e da economia globais. Espero que essas mudanças na organização e no conteúdo ampliem ainda mais a influência do clube como fórum avançado de discussão entre especialistas. Ao mesmo tempo, espero que o ‘espírito Valdai’ permaneça – essa atmosfera aberta e livre, e a possibilidade de se conhecerem as opiniões mais francas e diferentes.

Permitam-me dizer que, quanto a isso, não os decepcionarei e falarei directamente e francamente. Alguma coisa do que eu diga talvez pareça dura demais, mas se não falamos directamente e com honestidade, reuniões como essa não fazem muito sentido. Seria então melhor manter apenas convescotes diplomáticos, nos quais ninguém diz coisa alguma que tenha significado real e, recordando as palavras de um famoso diplomata, ocasiões em que se percebe que diplomatas têm línguas para conseguir não dizer a verdade.

Nos reunimos aqui por razões diferentes. Nos reunimos para falar com franqueza. Hoje temos de ser directos e claros, não para trocar farpas, mas numa tentativa de chegar ao fundo do que realmente se passa no mundo, para tentar compreender por que o mundo vai-se tornando menos seguro e menos previsível, e por que os riscos aumentam por toda a parte à nossa volta. 

A discussão hoje tem por tema: Ordem Mundial: Ou novas regras ou vale-tudo. Parece-me que essa fórmula descreve acuradamente o ponto de virada histórico que alcançamos e a escolha que todos enfrentamos. Nada há de novo, é claro, na ideia de que o mundo está em rápida transformação. Sei que os senhores já falaram sobre isso nas discussões de hoje. O mais difícil, com certeza, é não ver as transformações dramáticas pelas quais estamos passando na política e na economia globais, na vida pública e nas tecnologias industriais, informacionais e sociais. 

Peço desculpas antecipadas, se acontecer de eu repetir coisas que já tenham sido ditas por outros participantes dessa reunião. É praticamente impossível evitar. Vocês já mantiveram discussões detalhadas, mas eu exponho aqui o meu ponto de vista – que coincidirá com alguns e diferirá de outros pontos de vista. 

Ao analisarmos a situação de hoje, não esqueçamos as lições da história. Primeiro de tudo, as mudanças na ordem mundial – e o que vemos hoje são eventos dessa grande escala – sempre vieram acompanhadas, quando não por guerras e conflitos globais, por intensos conflitos de nível local, encadeados. Segundo, a política global é questão, sobretudo, de liderança económica, questões de guerra e paz e sua dimensão humanitária, incluindo direitos humanos. 

O mundo é cheio de contradições. Temos de nos perguntar com franqueza se temos instalada para nossa protecção uma rede confiável de segurança. Infelizmente, não há garantia nem certeza de que o actual sistema de segurança global e regional seja capaz de nos proteger. Esse sistema foi gravemente enfraquecido, fragmentado e deformado. As organizações internacionais e regionais de cooperação política, económica e cultural passam por tempos muito difíceis. 

Sim, muitos dos mecanismos que há para garantir a ordem mundial foram criados há muito tempo, inclusive e principalmente durante o período imediatamente depois da 2ª Guerra Mundial. Permitam-me destacar que a solidez daquele sistema então criado dependia não só do equilíbrio de poder e dos direitos ‘de vitória’ dos países vitoriosos, mas também dependia do facto de que, por aquele sistema, os ‘pais fundadores’ não se respeitavam uns os outros, não tentavam não se atropelar uns os outros; o que faziam sempre era tentar alcançar acordos. 

O principal é que esse sistema tem agora de desenvolver-se e, apesar dos seus muitos fracassos, tem de ser capaz, pelo menos, de manter a discussão dos problemas do mundo dentro de certos limites, e tem de regular a intensidade da concorrência normal entre países. 

É minha convicção profunda que não podemos tomar esse mecanismo de verificações e contrapesos [orig. checks and balances] que construímos ao longo das últimas décadas, às vezes com muito esforço e dificuldades, e simplesmente rasgá-lo em tiras, sem construir algo que o substitua. Sem algum mecanismo que substitua o que houve, só nos restará, como instrumento, a força bruta. 

O que precisamos fazer é levar avante uma reconstrução racional e adaptá-la às novas realidades no sistema das relações internacionais. 

Mas os EUA, depois de se auto-declararem vencedores da Guerra Fria, não viram qualquer necessidade desse tipo. Em vez de estabelecer um novo equilíbrio do poder, essencial para manter a ordem e a estabilidade, tiveram iniciativas que lançaram o sistema existente de agudo e profundo desequilíbrio. 

A Guerra Fria terminou, mas não terminou com assinatura de um tratado de paz com cláusulas claras e transparentes sobre respeitar regras existentes ou criar novas regras e padrões. Assim se criou a impressão de que os ditos ‘vitoriosos’ na Guerra Fria haviam decidido pressionar os eventos e reformatar o mundo para que atendesse às suas próprias necessidades e interesses. Quando o sistema existente de relações, a lei internacional e os ‘checks and balances’ apareceram como obstáculos na trilha rumo àqueles objectivos, todo o sistema existente foi declarado imprestável, antiquado, exigindo demolição imediata. 

Perdoem-me a analogia, mas é como agem os nouveaux riches quando, de repente, põem as mãos numa grande fortuna, nesse caso sob a forma de liderança e dominação mundiais. Em vez de administrar com sabedoria a própria riqueza, também para o próprio benefício deles, parece-me que se puseram a cometer loucuras. 

Entramos num período de interpretações divergentes e silêncios deliberados, na política mundial. A lei internacional foi forçada a bater em retirada repetidas vezes, ante o massacre que o niilismo impôs à lei. Objectividade e justiça foram sacrificadas no altar da conveniência política. Interpretações arbitrárias e enviesadas assumiram o lugar das normas legais. Ao mesmo tempo, o controle total sobre a impressa-empresa global de massas tornou possível, sempre que interesse, ‘noticiar’ que o preto seria branco e o branco seria preto. 

Numa situação em que se via a dominância por um país e seus aliados, quando não os seus satélites, a busca por soluções globais frequentemente se converteram em tentativa para impor as próprias receitas universais ‘deles’. As ambições daquele grupo cresceram de tal modo que começaram a apresentar as políticas que só eles concebiam nos próprios corredores do próprio poder, como se fossem a visão de toda a comunidade internacional. E não são. 

A própria noção de “soberania nacional” tornou-se valor relativo para muitos países. Na essência, o que estava sendo proposto era uma fórmula: quando maior a lealdade que manifestasse àquele único centro mundial de poder, mais a legitimidade de um ou outro regime governante. 

Teremos adiante discussão aberta, e terei prazer em responder suas perguntas, mas quero usar também meu direito de fazer perguntas. Ao longo da discussão, todos podem tentar demolir o quadro e o argumento que acabo de construir e propor. 

As medidas tomadas contra os que se recusam a submeter-se são bem conhecidas e foram tentadas e testadas muitas vezes. Incluem uso da força, pressão económica e propaganda, intromissão em assuntos domésticos, e apelos a uma espécie de legitimidade ‘supra-legal’, quando interventores ilegais tentam justificar a intervenção ilegal nesse ou naquele conflito, e a derrubada de governos que pareçam inconvenientes aos interventores. Recentemente, já há cada dia mais provas de que a chantagem mais desabrida foi tentada também contra vários governantes e líderes. Não é à toa de aquele ‘grande irmão’ está consumindo biliões de dólares para manter todo o mundo, inclusive os mais próximos aliados, sob vigilância. 

Perguntemo-nos nós mesmos o quanto nos sentimos confortáveis com isso, se nos sentimos seguros, se estamos felizes vivendo nesse mundo, e se se tornou justo e racional? Talvez não haja razão real para nos preocuparmos? Talvez não seja o caso de perguntar perguntas difíceis? Quem sabe a excepcional posição dos EUA e o modo como conduzem a liderança deles seja uma bênção para nós, e a intromissão dos EUA em toda parte pelo mundo está produzindo paz, prosperidade, progresso, crescimento e democracia, e o melhor para nós seria relaxar e gozar essas felicidades? 

Permitam-me responder que não, absolutamente não é o caso. 

Diktat unilateral e a imposição de modelos produzidos por um, não por muitos, produzem resultados exactamente opostos. Em vez de conciliar os conflitos, aquela atitude só os leva à escalada; em vez de estados soberanos e estáveis, o que vemos é a disseminação de caos crescente, e em vez de democracia, o que se vê é os EUA a darem apoio a gente muito duvidosa, que vai de declarados neo-fascistas a islamistas radicais. 

Por que apoiam esse tipo de gente? Apoiam-nos, porque decidiram usá-los como instrumento ao longo do percurso até conseguirem seus objectivos. Mas queimaram os dedos e recolheram a mão. Nunca canso de me surpreender com o modo como nossos parceiros repetem sempre os mesmos erros e caem sempre na mesma armadilha [(como dizemos em russo: “pisam sempre no mesmo ancinho”) [1]. 

Antes, patrocinaram movimentos islamistas extremistas para que dessem combate à URSS. Aqueles grupos aprenderam a combater no Afeganistão e, adiante, formaram os Talibã e a Al-Qaeda. O ocidente, se não os apoiou, no mínimo fingiu que não via o que se passava, e, pode-se dizer, garantiram informação e apoio político e financeiro aos terroristas internacionais que invadiram a Rússia (não esquecemos!) e países da região da Ásia Central. Só depois dos horrendos atentados terroristas cometidos em solo norte-americano é que os EUA acordaram e viram que o terrorismo é ameaça contra todos. Permitam-me relembrar que a Federação Russa foi o primeiro país a oferecer apoio ao povo norte-americano naquela ocasião, o primeiro a reagir como amigos e parceiros, ante a terrível tragédia do dia 11 de Setembro. 

Em meus encontros e conversas com líderes norte-americanos e europeus, sempre falo da necessidade de combatermos juntos o terrorismo, como desafio numa escala global. Não podemos nos resignar a aceitar essa ameaça nem podemos dividi-la em diferentes ‘fatias’, usando parâmetros duplos, ambíguos. Nossos parceiros manifestaram concordância e acordo. Mas pouco tempo depois, e lá estávamos, de volta ao ponto de partida. Primeiro, foi a operação militar no Iraque, depois na Líbia, que foi empurrada à beira do colapso total. Por que a Líbia foi empurrada para a situação em que está hoje – um país à beira do esfacelamento e que se tornou campo de treinamento para terroristas?

No caso do Egipto, só a determinação e a sabedoria do governo actual salvou esse país árabe crucialmente importante, de mergulhar no caos, com extremistas instalados no poder. Na Síria, como no passado, os EUA e seus aliados começaram a financiar e armar directamente aos rebeldes, permitindo que recrutassem mercenários de vários países. Alguém pode me dizer de onde vem o dinheiro que abastece e mantém aquela gente, as armas que usam, os especialistas militares que mantêm a serviço deles? De onde vem tudo isso? Como é possível que o famoso “ISIL” tenha-se convertido em grupo tão forte, já praticamente um exército completo?

Quanto às fontes de financiamento, hoje, o dinheiro já não vem só de drogas, cuja produção aumentou não apenas alguns poucos pontos percentuais, mas multiplicou-se várias vezes, desde que as forças da coligação internacional instalaram-se no Afeganistão. Todos aqui sabem disso. Os terroristas também estão vendendo petróleo, com grandes lucros. O petróleo é produzido no território controlado pelos terroristas, que os vendem a preços inferiores aos do mercado, produzem e transportam petróleo. Mas alguém compra esse petróleo, revende esse petróleo e lucra nessa venda, sem sequer considerar o fato de que, assim, está financiando terroristas que, mais cedo ou mais tarde poderão estar atacando e semeando a destruição dentro desses países parceiros-de-terroristas. 

Onde recrutam? No Iraque, depois que Saddam Hussein foi derrubado, as instituições do estado, inclusive o exército, estavam em cacos. Naquele momento, nós avisamos que tomassem cuidado, muito cuidado. Vocês estão desempregando milhares de pessoas. O que farão elas? Não esqueçam que essas pessoas foram (correctamente ou erradamente) a elite que governou uma grande potência regional. O que vocês estão fazendo daquelas pessoas? 

O resultado? Dezenas de milhares de soldados, oficiais e activistas do antigo Partido Baath saíram às ruas e, hoje, já se incorporaram às fileiras dos exércitos terroristas. Talvez isso explique por que o chamado Estado Islâmico tornou-se tão eficaz, em termos militares. A Rússia alertou repetidas vezes sobre os perigos de acções militares unilaterais, intervenção nos negócios de estados soberanos e flertar com extremistas e radicais. Insistimos para que os grupos que enfrentam o governo central sírio fossem incluídos nas listas de organizações terroristas. De nada adiantou. Apelamos em vão. 

A impressão que temos é que os nossos colegas e amigos estão sempre combatendo contra as consequências de suas próprias políticas, aplicando o próprio esforço para dar conta dos riscos que eles próprios criaram; e sempre pagam um preço altíssimo.

Colegas, esse período de dominação unipolar demonstrou convincentemente que manter um único centro de poder não torna os processos globais mais administráveis. Ao contrário, esse tipo de construção instável está mostrando a própria incapacidade para combater as ameaças reais, como conflitos regionais, terrorismo, tráfico de drogas, fanatismo religioso, chauvinismo e neo-nazismo. Ao mesmo tempo, abriu amplamente a estrada para o orgulho nacional inflamado, manipulando a opinião pública e deixando que o forte persiga e suprima o fraco.

Essencialmente, o mundo unipolar é simplesmente um meio para justificar a ditadura sobre os povos e países. O mundo unipolar tornou-se carga por demais desconfortável, pesada e não administrável, até para o autoproclamado líder! Aqui nessa reunião ouviram-se comentários precisamente nessa direcção e concordo com eles. Eis porque entendemos que qualquer tentativa, no actual estágio histórico, para recriar qualquer arremedo de mundo semi-bipolar é modelo conveniente para tentar perpetuar a liderança norte-americana. Não importa quem assuma o lugar central do mal, na propaganda pró-EUA, a URSS continua no mesmo antigo posto de principal adversário. O centro do mal pode ser o Irão, porque busca obter a tecnologia nuclear; ou a China, como maior economia do mundo; ou a Rússia, porque é super-potência nuclear. 

Hoje, estamos vendo novos esforços para fragmentar o mundo, traçar novas linhas de divisão, montar coligações não para construir algo, mas dirigida contra terceiros, qualquer terceiro, criar a imagem de um inimigo como se via acontecer nos anos da Guerra Fria, e declarar-se com direito de liderar, ou de emitir o diktat, se os senhores preferirem. Durante a Guerra Fria, a situação era essa. Todos compreendemos e vemos precisamente isso. Os EUA sempre disseram aos seus aliados: “Temos um inimigo comum, um monstro terrível, o âmago do mal, e nós estamos defendendo vocês, nossos aliados, contra esse monstro, e, assim sendo, temos o direito de comandar vocês, obriga-los a sacrificar os seus interesses políticos e económicos e pagar a parte de vocês dos custos dessa defesa colectiva, mas nós, só nós, ficaremos no comando de tudo, é claro”.

Em resumo, vemos hoje tentativas, num mundo novo e em transformação, para reproduzir os modelos familiares da administração global, e tudo isso só para assegurar aos EUA aquela sua posição de excepcionalidade e, com isso, recolher dividendos políticos e económicos. 

Mas essas tentativas são cada vez mais distanciadas e divorciadas da realidade e em contradição com a diversidade do mundo. Passos desse tipo inevitavelmente criam confrontação e contra-medidas, e têm efeito contrário aos efeitos buscados. É o que se vê acontecer quando a política põe-se a intrometer-se sem qualquer controle na economia, e a lógica das decisões racionais cede lugar à lógica da confrontação, que sempre fere as posições e interesses económicos de qualquer um, inclusive os interesses das empresas nacionais.

Projectos económicos conjuntos e investimentos mútuos objectivamente aproximam os países entre si, e ajudam a alisar o contexto dos problemas que haja nas relações entre os estados. Mas hoje a comunidade empresarial mundial enfrenta pressões sem precedentes, que lhe aplicam os governos ocidentais. De que competência e pragmatismo económico e empresarial e de que pragmatismo se pode falar, se só se ouvem palavras de ordem do tipo “a pátria-mãe está em perigo”, “o mundo livre está ameaçado” e a “democracia está por um fio”?! Por isso, todos têm de se mobilizar. Verdadeira mobilização política é, precisamente, mobilizar-se contra o que se vê hoje, no ocidente. 

As sanções já estão minando as bases do comércio mundial, as regras da Organização Mundial do Comércio e o princípio da inviolabilidade da propriedade privada. Os EUA estão atacando violentamente o modelo liberal de globalização baseado em mercados, liberdade e concorrência, o qual, permitam-me relembrar, é modelo que beneficiou principalmente, até hoje, os países ocidentais. Agora, arriscam-se a perder a confiabilidade, como líderes da globalização. Já nos perguntamos a nós mesmos, por que as sanções seriam necessárias? Afinal, a prosperidade dos EUA repousa, em grande parte, sobre a confiança que recebem de investidores e possuidores estrangeiros de dólares e de seguros norte-americanos. Essa confiança está sendo minada e já há sinais hoje de desapontamento quanto aos resultados da globalização, visíveis em vários países.

O bem conhecido precedente caso de Chipre e as sanções politicamente motivadas só fazer reforçar a tendência na direcção de todos trabalharem para fortalecer a soberania económica e financeira de os seus próprios países ou de os seus grupos regionais, com vistas a encontrarem-se meios para os próprios países protegerem-se contra o risco de pressões externas. Já vimos mais e mais países à procura de se tornarem menos dependentes do dólar, construindo alternativas financeiras e sistemas alternativos de pagamento, além de outras moedas de reserva. Minha opinião é que os nossos amigos norte-americanos estão serrando o próprio galho onde pousaram. Não se podem misturar políticas e economia, mas é exactamente o que está acontecendo actualmente. Sempre entendi e ainda entendo que sanções politicamente motivadas são um erro grave, que feriria todos. Mas com certeza retornaremos a esse ponto, nas discussões, adiante.

Sabemos como essas decisões foram tomadas e que estão a pressionar. Mas permitam-me destacar que a Rússia não se deixará envolver, nem se declarará ofendida ou baterá a alguma porta, pedindo esmolas. A Rússia é um país auto-suficiente. Trabalharemos dentro do ambiente económico que tomou forma, desenvolveremos a produção e as tecnologias domésticas e agiremos de modo mais decisivo para fazer acontecer a transformação. Pressões externas, como se viram em ocasiões passadas, só farão consolidar nossa sociedade, nos manterão mais alertas e nos levarão a nos concentrar ainda mais em nossas metas de desenvolvimento. 

Claro que as sanções são um grave incomodo. Eles tentam-nos agredir com essas sanções, bloquear o nosso desenvolvimento, e nos empurrar para o isolamento político, económico e cultural; em outras palavras, querem no forçar a viver no atraso. Mas o facto é que o mundo hoje é lugar muito diferente do que foi. Não temos absolutamente nenhuma intenção de nos deixar tirar da estrada, de deixar que nos empurrem para algum tipo de desenvolvimento fechado, lutando para sobreviver como uma autarquia. Sempre estamos abertos ao diálogo, inclusive sobre a normalização de nossas relações políticas e económicas. Contamos, quanto a isso, com a abordagem e a posição pragmáticas das comunidades de negócios nos principais países.


Postagem em destaque

MEDITAÇÃO CRÍSTICA

#MEDITAÇÃO CRÍSTICA. #APRENDA_MEDITAR Ao  meditar, assuma uma postura confortável. P ara obter um estado m...