OS 10 ESTADOS DE VIDA DO SER HUMANO
Antes de qualquer coisa gostaria de informar que o budismo, contrariamente ao que muitos possam pensar ou pensam, é uma filosofia oriental, e tem origem em um homem que procurou a sabedoria em coisas simples e livrando-se das amarras e condicionamentos mentais da sua época para por fim, ensinar ao ser vivente, (aquele o ser que está ligado à terra e/ou à matéria), o caminho para a iluminação e ascensão espiritual para níveis conscienciais mais elevados. Estado de mente/espírito a que se dá o nome de Budha, (iluminado) .
Nessa filosofia, que não é COMO uma religião com dogmas, conceitos e preconceitos criada por homens para seguir dogmas e conceitos baseados em sacrifícios de animais, bençãos e maldições e na dependência de sacerdotes, líderes chefes e pastores que tanto tem denegrido o nome de Deus e que até impedem a aproximação do homem com a verdade da vida. Mesmo que queiram erradamente transformar o budismo em ritos religiosos. O budismo é uma filosofia de vida e não é uma religião. Liberta o ser , e não torna o homem escravo de outros homens ou o prendem à dogmas religiosos.
Há ensinamentos de grande valor no budismo, para a consciência humana, para o acordar e para a iluminação que podem religar o homem a partir do estado inconsciente e desconectado por várias razões, como o materialismo intolerância, egocentrismo que são dificuldades materiais por imposições da vida que às vezes não sabemos controlar.
Essa filosofia oriental cujo início foi através de um príncipe chamado Gautama buda uns 600 anos antes de cristo, tem mais a ver com a mensagem de Cristo do que o próprio cristianismo, tal como se encontra em nossos dias, perdido entre pastores e igrejas, deslocado da própria mensagem e da realidade do ser crístico que o proporcionou.
Os ensinamentos são alertas para situações de vida comuns,a fim de mostrar a razão do sofrimento humano e a fim de livrar o homem por sua própria vontade e sabedoria adquirida nesses ensinamentos.
Não há julgamentos e punições eternas, nem demônios infernais, almas penadas e pecados, porque a consciência da eternidade se traduz em elevação espiritual e consequente união com o Espírito.
1- ESTADO DE INFERNO:
É a condição de vida mais baixa entre os demais estados. É um estado de sofrimento constante em que as pessoas não têm forças para influenciar suas circunstâncias de vida, nem esperança com relação ao futuro, não podem fazer nada de que gostariam de fazer, nem mesmo gritar para desabafar suas angústias. Esse incontrolável e inextinguível sofrimento caracteriza o estado de Inferno.
2- ESTADO DE FOME:
É caracterizado pela obsessão de realizar os desejos e pela incapacidade de satisfazê-los. Neste baixo estado de vida, as pessoas são completamente controladas e dominadas por seus desejos insaciáveis e por terríveis insatisfações, são infelizes e impedidas de se desenvolverem e prosperarem.
3- ESTADO DE ANIMALIDADE:
É também um estado baixo de vida em que as pessoas são conduzidas unicamente por seus instintos, agem impulsivamente com irracionalidade e sem moralidade. O critério de suas ações é aproveitar-se dos mais fracos e bajular os mais fortes. As pessoas no estado de Animalidade perdem o sentido da razão, e suas emoções são facilmente dominadas pelo medo e pela covardia. Além disso, não conseguem encontrar soluções nem esperanças e resignam-se diante do destino.
Os estados de Inferno, Fome e Animalidade formam os "Três Maus Caminhos" porque são estados de sofrimento.
4- ESTADO DE IRA:
É o quarto mais baixo estado de vida que, associado aos "Três Maus Caminhos", formam as "Quatro Tendências Maléficas". Neste estado, as pessoas possuem consciência de seus atos embora baseados em pontos de vista distorcidos do que é certo ou errado, enquanto no três anteriores não têm controle sobre sua vida pois são dominadas completamente pelos desejos. No estado de Ira, as pessoas preocupam-se única e exclusivamente consigo mesmas, com seus próprios benefícios, pouco se importando com os demais ou com seu ponto de vista. São conduzidas pelo egoísmo e pela ambição de ser superior derrubando outras pessoas.
5- ESTADO DE TRANQUILIDADE:
Esta é uma condição em que a pessoa pode controlar temporariamente seus impulsos e desejos através da razão. Assim, uma pessoa passa a ter uma vida tranqüila e em harmonia com seu meio, que inclui as pessoas e o ambiente. Nesse estado, as energias da vida estão sob considerável controle. Porém, pode cair instantaneamente para os "Três ou Quatro Maus Caminhos" pelo mais leve desvio ocorrido em suas circunstâncias de vida.
6- ESTADO DE ALEGRIA:
É uma condição de vida de contentamento que se origina na concretização dos desejos e na solução dos problemas. A alegria nesse estado de vida é efêmera e desaparece com o passar do tempo ou com a transformação das circunstâncias.
Estes seis primeiros estados de vida compõem os "Seis Maus Caminhos". São estados em que as pessoas são arrastadas exclusivamente pelas influências externas, ficando privadas da liberdade de manter autocontrole sobre as circunstâncias de sua vida.
Os próximos quatro estados de vida formam os "Quatro Nobres Caminhos", pois são condições alcançadas pelos esforços desenvolvidos pelas próprias pessoas.
7- ESTADO DE ERUDIÇÃO:
É a condição experimentada por uma pessoa quando luta por um estado duradouro de contentamento e estabilidade através da auto-reforma e do desenvolvimento próprio. É o estado em que o indivíduo dedica-se à criação de uma vida melhor através da aquisição de idéias, conhecimentos e experiências de seus predecessores.
8- ESTADO DE ABSORÇÃO:
As pessoas neste estado podem alcançar a percepção parcial de algumas verdades por si mesmas através da observação direta dos fenômenos da natureza.
A Erudição e Absorção compõem os "Dois Veículos" pois conduzem as pessoas para uma certa independência na vida pela percepção obtida da verdade parcial. Contudo, na condição de "Dois Veículos", as pessoas ficam apegadas à percepção para o bem de si mesma e não lutam para beneficiar os outros.
9- ESTADO DE BODHISATTWA:
Uma pessoa neste estado manifesta uma vida plena de benevolência e sua característica é dedicar-se à felicidade de outras pessoas promovendo ações altruísticas. Esta benevolência difere essencialmente do conceito de caridade ou compaixão, e sua definição exata é "retirar o sofrimento e dar felicidade". A caridade e a compaixão podem aliviar o sofrimento, mas não conseguem retirá-lo nem oferecer a felicidade. A característica maior do estado de Bodhisattva é a busca constante do estado de Buda, ao mesmo tempo em que procura ensinar esse caminho para que as pessoas tornem-se capazes de manifestar a força inerente da vida para conquistarem a felicidade absoluta.
10- ESTADO DE BUDA:
Constitui-se numa condição de vida em que a pessoa adquire a sabedoria que lhe permite compreender a verdadeira essência de sua vida, manifestar a profunda benevolência para com todas as pessoas e ter a percepção sobre as três existências da vida e sobre a Lei básica do universo. É uma condição de vida no estado de felicidade absoluta que nada pode corromper. Da mesma forma como nenhum estado de vida é estático, o estado de Buda é experimentado no decurso das contínuas atividades altruísticas diárias. Portanto, não se deve considerar o estado de Buda como objetivo máximo a ser alcançado no final da vida.
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Coexistência dos Dez Estados da Vida
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Este princípio filosófico, também conhecido por possessão mútua, esclarece a inter-relação entre os Dez Estados da Vida. Significa que numa determinada condição de vida coexistem os demais estados na forma latente. Esta teoria confirma o fato de que os estados da vida não são condições fixas, mas que um estado torna-se mais evidente do que outro de acordo com as causas externas que o motivaram, deixando os demais estados na condição não-manifesta.
A importância maior desse princípio é esclarecer que todas as pessoas, mesmo aquelas que se encontram predominantemente nos estados mais baixos, estão dotadas com a suprema condição de vida chamada estado de Buda. Em outras palavras, significa que uma pessoa que se encontra na mais terrível condição de vida possui inerentemente a possibilidade de manifestar o potencial do estado de Buda e alcançar a felicidade absoluta.
O estado de BUDHA, é um elevado estado de espírito .
Os Dez Estados indicam os dez estados que uma única entidade de vida manifesta com o passar do tempo. O fator principal na condição essencial dos Dez Estados é a sensação subjetiva experimentada pelo “eu” nas profundezas da vida, a reação a coisas e fatos externos que disparam a oscilação entre esses estados de vida.
1. Estado de Inferno (Jigoku)
2. Estado de Fome (Gaki)
3. Estado de Animalidade (Tikusho)
4. Estado de Ira (Shura)
5. Estado de Tranqüilidade (Nin)
6. Estado de Alegria (Ten)
7. Estado de Erudição (Shomon)
8. Estado de Absorção (Engaku)
9. Estado de Bodhisattva (Bosatsu)
10. Estado de Buda (Butsu)
1. Estado de Inferno (Jigoku): É o estado em que as pessoas são dominadas pelo impulso de destruir e de arruinar a todos, incluindo a si próprias.
2. Estado de Fome (Gaki): É o estado dominado por desejos egoístas e ilimitados de riqueza, fama e prazer, os quais nunca são realmente satisfeitos.
3. Estado de Animalidade (Tikusho): Nesse estado, as ações são direcionadas para a autoconservação e o benefício imediato, segue-se a força dos desejos e dos instintos, faltando sabedoria para controlar a si próprio.
4. Estado de Ira (Shura): Estando consciente de seu próprio “eu” mas sendo egoísta e impelido pelo espírito competitivo de dominar, a pessoa não consegue compreender as coisas como são exatamente e menospreza e viola a dignidade dos outros. A maldade é o estado de Ira.
5. Estado de Tranqüilidade (Nin): A serenidade é o estado de Tranqüilidade. Esse é o estado em que se consegue controlar temporariamente os próprios desejos e impulsos fazendo uso da razão, levando uma vida pacífica em harmonia com o meio ambiente e com as outras pessoas.
6. Estado de Alegria (Ten): É a felicidade que se experimenta da satisfação de um desejo ou de uma luta vitoriosa.
Os seis estados, do Inferno à Alegria, são manifestados por meio de impulsos ou desejos, mas são totalmente controlados pelas restrições impostas pelo ambiente e são também extremamente vulneráveis às circunstâncias instáveis. Ambos surgem da relação entre a vida e os fatores externos que a rodeiam.
Por essa razão, quando o equilíbrio da vida é perturbado, a tranqüilidade e o contentamento inevitavelmente se afundam no estado de Inferno, Fome, Animalidade ou Ira.
A função do budismo é despertar nas pessoas para a realidade máxima da vida que se encontra sob os desejos e impulsos para que possam manter conscientemente o equilíbrio na vida. Em alguns casos, as pessoas compreendem essa realidade por meio dos ensinos de seus antecessores e em outros tentam compreendê-la intuitivamente pela observação dos fenômenos naturais. O estado de vida do primeiro grupo é chamado Erudição, e o do segundo, Absorção.
7. Estado de Erudição (Shomon): O estado de Erudição é uma condição experimentada quando se empenha para conquistar um estado de contentamento e de estabilidade duradouro por meio da auto-reforma e do desenvolvimento. De forma concreta, Shomon é o estado no qual a pessoa dedica-se a criar uma vida melhor pelo aprendizado das idéias, conhecimento e experiências dos predecessores e contemporâneos.
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8. Estado de Absorção (Engaku): Esta condição é semelhante ao estado de Erudição, uma vez que ambos indicam o empenho para a auto-reforma. No entanto, o que distingue o estado de Aborção do estado de Erudição é que em vez de tentar aprender das realizações dos predecessores, tenta-se aprender o caminho para a auto-reforma por meio da observação direta dos fenômenos.
A Erudição e a Absorção surgem quando a pessoa tenta conscientemente compreender a verdade máxima da vida. No entanto, se os esforços forem direcionados apenas para o auto-aprimoramento, qualquer verdade obtida nunca deixará de ser apenas parcial.
Cada forma de vida está inseparavelmente ligada a todos os outros seres e coisas no Universo porque a realidade máxima da vida que sustenta todas elas é una com a vida do Universo. Conseqüentemente, na tentativa de obter uma visão completa e global da verdade da vida, as pessoas devem compreender primeiro que elas não podem existir separadamente dos outros seres vivos e depois devem se identificar com as dores dos outros a ponto de empenharem-se totalmente para atenuarem os sofrimentos daqueles que estão ao seu redor.
9. Estado de Bodhisattva (Bosatsu): é a expressão da total devoção em ajudar e apoiar os outros e indica uma vida cheia de compaixão.
As pessoas dos estados de Erudição e Absorção tendem a carecer de compaixão, chegando a extremos na busca de sua própria perfeição. Em contraste, um bodhisattva descobre que o caminho para a auto-perfeição encontra-se unicamente no ato de compaixão — de salvar as outras pessoas do sofrimento.
10. Estado de Buda (Butsu): Essa condição é alcançada quando se obtém a sabedoria para compreender a essência da própria vida e da dos outros, a infinita compaixão para direcionar constantemente as atividades para objetivos benevolentes, o eu eterno perfeito e a total pureza da vida que nada pode corromper, que continua em perfeita harmonia com o ritmo do Universo e existe desde o infinito passado até o eterno futuro.
O estado de Buda é o estado ideal que pode ser atingido por meio da prática budista. Já que nenhum estado de vida é estático, não se pode considerar o estado de Buda como um objetivo final, ao contrário, essa é uma condição experimentada nas profundezas do próprio ser ao se empenhar continuamente com benevolência na vida diária.
Em outras palavras, o estado de Buda aparece na vida diária como as ações de um bodhisattva — boas ações ou atos benevolente.
Em uma de suas escrituras, Nichiren Daishonin fala da força do Nam-myoho-renge-kyo da seguinte forma:
"O Nam-myoho-renge-kyo é como o rugido de um leão. Que doença pode, portanto, ser um obstáculo?""
Com a sincera recitação do Nam-myoho-renge-kyo elevamos nossa condição de vida, pois ao recitarmos o Daimoku entramos em contato com o estado de Buda, estado que passa a nos acompanhar no dia a dia e assim ficamos quase que automaticamente em sintonia com os níveis de vida mais elevados, sem mesmo notarmos as suas variações e mudanças. Passamos a pensar, falar e agir com uma positividade que o universo registra... e responde. Negatividades, reclamações, falta de estímulo e outras situações do tipo passam a quase não mais fazer parte das nossas vidas até desaparecerem por completo.
Texto compilado de matérias de estudo do Bloco Mandala, da BSGI, Barra, RJ, livro Fundamentos do Budismo, 2004.
O estado de BUDHA, é um elevado estado de espírito .
Os Dez Estados de Existência
"O budismo classifica em dez categorias ou estados de existência as condições sempre mutáveis da vida. Este conceito é chamado de Dez Estados da Vida (Jikkai).Os Dez Estados indicam os dez estados que uma única entidade de vida manifesta com o passar do tempo. O fator principal na condição essencial dos Dez Estados é a sensação subjetiva experimentada pelo “eu” nas profundezas da vida, a reação a coisas e fatos externos que disparam a oscilação entre esses estados de vida.
1. Estado de Inferno (Jigoku)
2. Estado de Fome (Gaki)
3. Estado de Animalidade (Tikusho)
4. Estado de Ira (Shura)
5. Estado de Tranqüilidade (Nin)
6. Estado de Alegria (Ten)
7. Estado de Erudição (Shomon)
8. Estado de Absorção (Engaku)
9. Estado de Bodhisattva (Bosatsu)
10. Estado de Buda (Butsu)
1. Estado de Inferno (Jigoku): É o estado em que as pessoas são dominadas pelo impulso de destruir e de arruinar a todos, incluindo a si próprias.
2. Estado de Fome (Gaki): É o estado dominado por desejos egoístas e ilimitados de riqueza, fama e prazer, os quais nunca são realmente satisfeitos.
3. Estado de Animalidade (Tikusho): Nesse estado, as ações são direcionadas para a autoconservação e o benefício imediato, segue-se a força dos desejos e dos instintos, faltando sabedoria para controlar a si próprio.
4. Estado de Ira (Shura): Estando consciente de seu próprio “eu” mas sendo egoísta e impelido pelo espírito competitivo de dominar, a pessoa não consegue compreender as coisas como são exatamente e menospreza e viola a dignidade dos outros. A maldade é o estado de Ira.
5. Estado de Tranqüilidade (Nin): A serenidade é o estado de Tranqüilidade. Esse é o estado em que se consegue controlar temporariamente os próprios desejos e impulsos fazendo uso da razão, levando uma vida pacífica em harmonia com o meio ambiente e com as outras pessoas.
6. Estado de Alegria (Ten): É a felicidade que se experimenta da satisfação de um desejo ou de uma luta vitoriosa.
Os seis estados, do Inferno à Alegria, são manifestados por meio de impulsos ou desejos, mas são totalmente controlados pelas restrições impostas pelo ambiente e são também extremamente vulneráveis às circunstâncias instáveis. Ambos surgem da relação entre a vida e os fatores externos que a rodeiam.
Por essa razão, quando o equilíbrio da vida é perturbado, a tranqüilidade e o contentamento inevitavelmente se afundam no estado de Inferno, Fome, Animalidade ou Ira.
A função do budismo é despertar nas pessoas para a realidade máxima da vida que se encontra sob os desejos e impulsos para que possam manter conscientemente o equilíbrio na vida. Em alguns casos, as pessoas compreendem essa realidade por meio dos ensinos de seus antecessores e em outros tentam compreendê-la intuitivamente pela observação dos fenômenos naturais. O estado de vida do primeiro grupo é chamado Erudição, e o do segundo, Absorção.
7. Estado de Erudição (Shomon): O estado de Erudição é uma condição experimentada quando se empenha para conquistar um estado de contentamento e de estabilidade duradouro por meio da auto-reforma e do desenvolvimento. De forma concreta, Shomon é o estado no qual a pessoa dedica-se a criar uma vida melhor pelo aprendizado das idéias, conhecimento e experiências dos predecessores e contemporâneos.
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8. Estado de Absorção (Engaku): Esta condição é semelhante ao estado de Erudição, uma vez que ambos indicam o empenho para a auto-reforma. No entanto, o que distingue o estado de Aborção do estado de Erudição é que em vez de tentar aprender das realizações dos predecessores, tenta-se aprender o caminho para a auto-reforma por meio da observação direta dos fenômenos.
A Erudição e a Absorção surgem quando a pessoa tenta conscientemente compreender a verdade máxima da vida. No entanto, se os esforços forem direcionados apenas para o auto-aprimoramento, qualquer verdade obtida nunca deixará de ser apenas parcial.
Cada forma de vida está inseparavelmente ligada a todos os outros seres e coisas no Universo porque a realidade máxima da vida que sustenta todas elas é una com a vida do Universo. Conseqüentemente, na tentativa de obter uma visão completa e global da verdade da vida, as pessoas devem compreender primeiro que elas não podem existir separadamente dos outros seres vivos e depois devem se identificar com as dores dos outros a ponto de empenharem-se totalmente para atenuarem os sofrimentos daqueles que estão ao seu redor.
9. Estado de Bodhisattva (Bosatsu): é a expressão da total devoção em ajudar e apoiar os outros e indica uma vida cheia de compaixão.
As pessoas dos estados de Erudição e Absorção tendem a carecer de compaixão, chegando a extremos na busca de sua própria perfeição. Em contraste, um bodhisattva descobre que o caminho para a auto-perfeição encontra-se unicamente no ato de compaixão — de salvar as outras pessoas do sofrimento.
10. Estado de Buda (Butsu): Essa condição é alcançada quando se obtém a sabedoria para compreender a essência da própria vida e da dos outros, a infinita compaixão para direcionar constantemente as atividades para objetivos benevolentes, o eu eterno perfeito e a total pureza da vida que nada pode corromper, que continua em perfeita harmonia com o ritmo do Universo e existe desde o infinito passado até o eterno futuro.
O estado de Buda é o estado ideal que pode ser atingido por meio da prática budista. Já que nenhum estado de vida é estático, não se pode considerar o estado de Buda como um objetivo final, ao contrário, essa é uma condição experimentada nas profundezas do próprio ser ao se empenhar continuamente com benevolência na vida diária.
Em outras palavras, o estado de Buda aparece na vida diária como as ações de um bodhisattva — boas ações ou atos benevolente.
Em uma de suas escrituras, Nichiren Daishonin fala da força do Nam-myoho-renge-kyo da seguinte forma:
"O Nam-myoho-renge-kyo é como o rugido de um leão. Que doença pode, portanto, ser um obstáculo?""
Com a sincera recitação do Nam-myoho-renge-kyo elevamos nossa condição de vida, pois ao recitarmos o Daimoku entramos em contato com o estado de Buda, estado que passa a nos acompanhar no dia a dia e assim ficamos quase que automaticamente em sintonia com os níveis de vida mais elevados, sem mesmo notarmos as suas variações e mudanças. Passamos a pensar, falar e agir com uma positividade que o universo registra... e responde. Negatividades, reclamações, falta de estímulo e outras situações do tipo passam a quase não mais fazer parte das nossas vidas até desaparecerem por completo.
Texto compilado de matérias de estudo do Bloco Mandala, da BSGI, Barra, RJ, livro Fundamentos do Budismo, 2004.
namastê!!!
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