2 de abr. de 2015

DAVI SAUL E O REINO DE ISRAEL

Em hebraico שאול המלך, "Pedido a Deus" ) é o nome do primeiro rei sobre todas as tribos de Israel.
" Então Samuel apanhou um jarro de óleo, derramou-o sobre a cabeça de Saul e o beijou, dizendo: "O Senhor o tem ungido como líder da herança dele".  



SAUL
Saul era membro da tribo de Benjamim, uma das menores tribos israelitas.  

Saul teria vivido por volta de 1095 a.C. e reinado por quarenta anos. DE 1049 AC até 1004 - tendo vivido 72 anos. 
Seu pai chamava-se Quis, filho de Abiel. Saul nasceu em Gibeá, uma cidadezinha ao norte de Jerusalém. Ele era um homem casado como uma única esposa, Ainoã, e pai de cinco crianças - três filhos e duas filhas. 
O filho mais conhecido de Saul se chamava Jônatas. Os três filhos de Saul morreram com ele em uma batalha (1Samuel 31:2). De suas duas filhas, a mais conhecida é Mical, que se casou com Davi.

Saul, o guerreiro ungido por Samuel a mandado de Deus, para reinar sobre as tribos, pecou e apesar de ser alertado por Samuel e mediante o seu não arrependimento, Deus retirou a unção e o seu espírito dele. A partir de então, Saul era tomado por um mau espírito que o atormentava e acabou em desgraça.

Origem e ascensão ao trono real de Israel
1 Samuel 10:1
Antes de Saul, as tribos de Israel eram governadas por juízes, geralmente pessoas de renome que lideravam suas respectivas tribos em combates, eram os legisladores em tempos de paz. 

A nação israelita era formada por diversas tribos unidas por laços étnicos e culturais e iniciando com Moisés, depois Josué e  alguns juízes posteriores, mas nenhum deles arrogou-se de ser rei .
O elemento religioso judaico, com a crença no Deus único veio trazer uma frágil aliança entre estas tribos em torno do Tabernáculo e da Arca da aliança. As tribos se aliavam ou batalhavam entre si de acordo com a conveniência. 

Deus deveria ser o único rei de Israel .
Pela simples razão de que somente a união de todas as tribos sob um comando real, de poder terrestre sobre as tribos, poderia tornar Israel defensável diante dos Palestinos, Filisteus e outros povos as tribos israelitas uniram-se para pedir um rei que pudesse guiá-los, como havia nas outras nações.
Um único governo militar centralizado e fortalecido, cujo poder fosse reconhecido pelas várias tribos que formavam a nação. 
O rei ungido por Samuel, não detinha funções além das militares e a simplicidade e a ausência de normas e regras para o reinado, deixavam Saul sem saber exatamente como agir. 
O rei Saul era um simples soldado e um guerreiro de valor que obteve muitas vitórias. 
A corte se resumia a poucos e no caso de Saul, eram o seu filho Jônatas e o general Abner. 

O dilema de Saul
Apesar da oposição por parte de algumas tribos, já que Deus deveria ser o "único rei" de Israel. Samuel, o último Juiz, acaba pedindo um sinal divino.
Israel era uma teocracia e Deus, o único e verdadeiro Rei de Israel, reinava (Êxodo 15:18)
Deus indica a Samuel um homem guerreiro, chamado Saul, da tribo de Benjamim.

Saul é ungido rei por Samuel, inspirado por Deus.
Saul, que estava procurando as jumentas extraviadas de seu pai quando Samuel o ungiu. Saul ficou perplexo. Tímido, no princípio, a ponto de esconder-se quando anunciado por Samuel, Saul reinou bem, e obteve grandes vitórias sobre os inimigos, mas gradualmente sua autoconfiança cresceu e sua confiança no Senhor diminuiu.
A simplicidade dos costumes e a modéstia dominavam a esfera real. Não haviam leis e costumes anteriores e Saul cometia erros.
Com o tempo Saul começou a tomar para si as funções sacerdotais e na falta de Samuel sacrificava à Deus. Afinal o Rei de Israel tinha um papel sacerdotal ou não?  Samuel condenou Saul por assumir o trabalho sacerdotal de oferecer sacrifícios quando ele não estava em Gilgal.  

Reinado e morte
Saul, era um líder guerreiro e não alterou os padrões tribais que imperavam sobre Israel desde a época dos juízes e só contava como auxiliares o seu filho Jônatas e o general Abner. 
Logo no inicio de seu governo, os amonitas, comandado por Naas, iniciaram o cerco a cidade de Jabes. Saul convocou todo o reino de Israel e venceu os amonitas. 
Como os hebreus não tinham o domínio da metalúrgica, foram obrigados a lutar com equipamentos agrícolas. 
Saul e seu filho conseguiram importantes vitórias militares sobre os filisteus o que garantiu ao povo de Israel um período pacífico. 
Saul combateu Moabe, Edom, Soba e os amalequitas. 
A constante ameaça dos filisteus, os desentendimentos entre as tribos e a imaturidade de Saul fadaram seu reinado ao fracasso. 
Com arrogância, Saul teria usurpado funções sacerdotais e violou as leis de Moisés quanto aos aspectos da guerra.

O juiz, Samuel, vendo a decadência de Saul é novamente inspirado por Deus, retirando seu apoio à Saul. 
"O Senhor disse a Samuel: "Até quando você irá se entristecer por causa de Saul? Eu o rejeitei como rei de Israel. Encha um chifre com óleo e vá a Belém; eu o enviarei a Jessé. Escolhi um de seus filhos para ser rei". 1 Samuel 16:1

Para ocupar o lugar de Saul, Deus aconselhou a Samuel a ir buscar um jovem rapaz da tribo de Judá, Davi, filho caçula de Jessé, um pastor de ovelhas. 
Aquele que depois da unção, foi chamado para tocar harpa para acalmar o Rei Saul da sua desgraça e matou o gigante Golias, tornando-se um herói cantado pelo povo.
Davi, casou-se com a filha de Saul, Mical e mesmo tendo conquistado um cargo na corte de Saul, e desposado Mical, tornou-se objeto de inveja por parte de seu sogro. A razão, era o apoio e a unção de Deus em tudo o que era determinado a Davi fazer, por ordem de Saul.
Davi havia liderado destacamentos contra os filisteus e seu sucesso em combate e adulação por parte do povo, despertaram os ciúmes do governante. Davi então é obrigado a fugir de Saul.

O Senhor ordenou que Saul e seu exército conquistassem os amalequitas, mas que não restasse nada deles.
Deus ordenou que os amalequitas, uma nação que tinha atacado erradamente Israel séculos antes (Êxodo 17), fossem exterminados; mas nada deveria ser poupado. Em vez disso, Saul poupou o rei e os melhores animais, e desculpou-se, diante da argumentação de Samuel quanto à obediência à ordem de Deus, dizendo que foi o povo quem quis poupá-los para sacrifícios. Agindo assim, ele pecou. 1 Samuel 15

A única diferença é como as pessoas respondem aos seus próprios pecados. 
Saul e Davi foram os dois primeiros reis de Israel. 
Ambos eram homens humildes e fiéis quando foram escolhidos e reinaram bem, no princípio. 
Ambos pecaram, mas as diferenças entre Saul e Davi eram as suas reações quando confrontados com seus pecados.

Saul exemplifica bem como a culpa pode levar uma pessoa à insanidade, na recusa de confessar-se ou capacidade de arrepender-se do pecado.
Como resultado do coração impenitente de Saul, Deus afastou Seu espírito de Saul, e um espírito mau entrou nele. Dai em diante, a vida de Saul foi torturada e arruinada pela culpa. Saul tornou-se paranóico e suspeitando de seu genro Davi, tramou em matá-lo. 
Saul, assassinou 85 sacerdotes de Deus e resolveu consultar uma feiticeira. 
Durante a Tragédia do Monte Gilboa, finalmente, cometeu suicídio jogando-se sobre a sua própria espada ao ver o seu filho Jônatas, a quem queria como seu sucessor no trono de Israel sendo ferido e morto pela espada dos filisteus.

Davi
" Então perguntou a Jessé: "Estes são todos os filhos que você tem? " Jessé respondeu: "Ainda tenho o caçula, mas ele está cuidando das ovelhas". Samuel disse: "Traga-o aqui; não nos sentaremos para comer até que ele chegue".
Então Jessé mandou chamá-lo e ele veio. Ele era ruivo, de belos olhos e boa aparência. Então o Senhor disse a Samuel: "É este! Levante-se e unja-o".
Samuel então apanhou o chifre cheio de óleo e o ungiu na presença de seus irmãos, e a partir daquele dia o Espírito do Senhor apoderou-se de Davi. E Samuel voltou para Ramá.
O Espírito do Senhor se retirou de Saul, e um espírito maligno, vindo da parte do Senhor, o atormentava."  1 Samuel 16:11-14

Como Saul, Davi era humilde e justo quando foi escolhido para ser rei, tornou-se um governante popular e capaz, abençoado com vitórias militares e prosperidade. 
Mas também em Davi, o pecado entrou. 
Davi viu Bate-Seba, a mulher de um vizinho, enquanto ela se banhava. Inflamado pela cobiça, Davi indagou a respeito dela e soube que era a esposa de um dos seus mais condecorados soldados. Ele convidou-a ao palácio e cometeram adultério. Depois ela voltou para casa.

Cedo ou tarde, o Senhor nos confronta com nossos pecados. 
Bate-Seba engravidou e mandou avisar Davi que ele era o pai. Em vez de admitir seu pecado, Davi chamou o esposo dela, Urias, da batalha e lhe disse que fosse para casa. Davi queria fazer com que a criança parecesse legítima. 
Por respeito aos seus camaradas, Urias se recusou a passar a noite com sua esposa. Frustrado, Davi enviou um recado, pela própria mão de Urias, para o comandante do exército, Joabe, para metê-lo na frente da batalha e, então, retirar-se dele. Deste modo, Urias foi assassinado e Davi tomou Bate-Seba como sua esposa.

Até este ponto, Saul e Davi eram iguais. Ambos pecaram. 
Um profeta foi enviado a cada um deles para condená-los pelo seu pecado. Ambos os profetas (Samuel e Natã) anunciaram o julgamento contra eles. 
É aqui que a diferença entre os dois homens pode ser vista. 
Saul tentou desculpar-se e afastar a culpa.

Que diferença o arrependimento faz ? ver Isaías 1.18 .
Saul foi atormentada pela culpa, levando-o a paranoia, ciúmes e depressão, em sua vida posterior ao pecado. Seu reinado, com início tão esperançoso, terminou em suicídio. 
Davi, por outro lado, ainda que enfrentasse as terríveis conseqüências de seu pecado (morte da criança, discórdia na família, estupro de suas concubinas), foi purificado de sua culpa e não foi atormentado pelos distúrbios mentais como Saul. 
A melhor coisa a fazer quando pecamos é admitir e arrepender. 
Davi não o fez e em vez disso, tentou encobrir seu pecado e fazer com que parecesse que nada de errado tivesse acontecido. Assim, o Senhor tomou medidas mais fortes para levar Davi ao arrependimento. 

O profeta Natã foi a Davi e o condenou por seu pecado e advertiu a Davi que ele tinha cometido tanto adultério como assassinato e que o Senhor o puniria severamente: a criança morreria; a espada nunca se afastaria de sua família; as suas próprias concubinas seriam violadas à vista de todos.

Ainda que mortificado pelo horror de seu pecado, Davi continuou a ter amizade com Deus e a servi-lo fielmente.
Davi disse: “Pequei contra o Senhor… contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos…” (2 Samuel 12:13; Salmos 51:4). Ele implorou perdão e restauração de sua relação com o Senhor (veja Salmo 51). Portanto, Deus perdoou a Davi (2 Samuel 12:13). 

Aplicação para nós

E quanto a nossos pecados?
Todos pecam. A diferença entre os homens está em como eles respondem aos seus pecados.
Perspectiva católica  http://www>link pecado-perspectiva-catolica.html
Perspectiva judaica  http://www>link pecado-perspectiva-judaica.html
Perspectiva protestante  http://www>link pecado-perspectiva-protestante.html
Perspectiva religiosa geral do pecado http://www.>link os-ateus-nao-tem-pecados.html
A diferença entre aqueles que seguem o Senhor e aqueles que não seguem, não está em seus pecados ‒ todos pecam. A diferença está no que eles fazem após pecarem. O que acontece quando alguém aponta o pecado em nossa vida ou quando lemos na Bíblia que o que estamos fazendo é errado? Agimos como Saul: afastando a culpa, dando desculpas, tentando defender-nos? Agimos como Davi: admitindo humildemente nossos pecados e nos arrependendo quando a repreensão de um irmão nos força a enfrentá-los? Ou melhor ainda: desenvolveremos sensibilidade ao Senhor e a sua palavra de modo que vejamos nossos próprios pecados e imediatamente venhamos a confessá-los, nos arrepender e pedir o perdão ao Senhor?

Meditações de Davi - O Salmo 32 registra as meditações de Davi com respeito a seu pecado:

Versículos 1-2: “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniqüidade, e em cujo espírito não há dolo.” Davi regozijava-se com seu perdão, e sentiu aliviado por ter sido limpo. Contudo, o perdão não é automático. Ele chega àquele em cujo espírito não há engano: àquele cujo arrependimento é honesto, sincero e real.

Versículos 3-4: “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio.” Davi se lembrava da agonia do pecado não confessado. Sua consciência não tinha descanso. Ele se sentia esvaziado, exausto. Ainda que confessar o pecado seja duro, uma recusa desavergonhada a aceitar a responsabilidade por ele é ainda mais forte com o passar do tempo. A culpa tortura.

Versículo 5: “Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado.” Perdão! Alívio! Paz! Quando Davi confessou foi como se a pressão da água atrás de uma represa fosse aliviada pela abertura de uma comporta.

Versículo 7: “Tu és meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento.” Você vê o que a confissão e o perdão podem fazer? Admiravelmente, essa é a mesma pessoa descrita nos versículos 3-4. Ver a alegria do perdão deverá motivar-nos ao arrependimento e confissão dos nossos pecados ainda que seja difícil.

Versículos 8-9: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem.” Davi contrasta o homem que responde ao simples olhar do Senhor com o homem parecido com a mula! Esse precisa de freio e rédea para fazer com que obedeça. Talvez ele estivesse pensando como teria sido melhor se ele tivesse se arrependido e confessado o seu pecado imediatamente, em vez de esperar até que Natã tivesse que lhe “bater” na cabeça. Algumas crianças são bastante sensíveis e, sendo assim, um olhar duro as corrige na hora, enquanto outras exigem diversas boas surras. Estaremos muito melhor sendo sensíveis à mais leve indicação da desaprovação do Senhor em vez de precisar de castigo severo para nos corrigir.



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