O #cultivo de #Morangueiro:
O morangueiro é uma das principais plantas cultivadas em hidroponia, perdendo em importância somente para a alface.
Morango hidropônico
O morangueiro possui estolões ou caules que se desenvolvem a partir das gemas basais das folhas, crescem sobre a superfície do solo e têm a capacidade de emitir raízes e dar origem a novas plantas.
O morangueiro é cultivado, no Brasil, em várias formas: no solo, com ou sem cobertura plástica, em túneis baixos ou em estufas, ou em hidroponia, com ou sem substrato. O sistema de hidroponia conduzido em substrato é conhecido no país como semi-hidropônico.
Mudas de #morangos para #hidroponia preparo:
O preparo das mudas é muito cuidadoso e é feito em relação às folhas e às raízes.
Ao receber as mudas do viveiro, deve-se retirar as folhas cortando-as na haste, deixando estas hastes com 3 cm de comprimento. As raízes também deverão ser cortadas, deixando-as com 4 cm de comprimento.
Plantio das Mudas
O plantio das mudas deverá ser feito nas embalagens com o substrato previamente saturado. Após a saturação das embalagens são feitos orifícios, nos quatro cantos da embalagem, onde serão inseridas as mudas, devidamente preparadas. O espaçamento entre as plantas é de 0,20 m. É importante observar que as raízes não fiquem dobradas, ao serem plantadas na embalagem, pois isso poderá comprometer o crescimento da planta.
Somente após o plantio é que deverão ser feitos os furos, embaixo das embalagens, para a drenagem da água que ficará retida no fundo.
Manejo das Mudas
Aos 15 dias após o plantio, são observadas as primeiras flores. Para que as plantas cresçam e se desenvolvam bem, é necessário um desbaste contínuo destas flores até que as plantas apresentem cinco folhas. À medida que as plantas crescem é necessária a realização de limpezas periódicas, retirando-se as folhas que envelhecem ou que, porventura, possam apresentar alguma doença.
Todo material retirado deve ser acondicionado em sacos plásticos. À medida que estes ficam cheios devem ser retirados do local e colocados em covas que deverão ser cobertas por plástico incolor. A embalagem deverá ser manuseada com cuidado para não disseminar doenças que possam estar no seu interior, e enviada para reciclagem.
#Manejo da irrigação:
No cultivo protegido do morangueiro semi-hidropônico, em substrato artificial, utiliza-se a irrigação por gotejamento. A irrigação localizada tem como vantagens: alta eficiência de aplicação, economia de água, energia e mão-de-obra, permite automatização, fertirrigação e não interfere nos tratos fitossanitários. Este sistema aplica água diretamente na região das raízes.
A qualidade da água é um fator importante na irrigação na hidroponia. Água de má qualidade poderá causar toxicidade nas plantas, e, se for suja, entupirá o sistema de irrigação, que é bastante sensível a partículas minerais e orgânicas.
A irrigação em hidroponia pode ser feita de três maneiras:
2. com espaçamento entre os gotejadores de 0,10 m; com mangueiras e gotejadores instalados a cada 0,10 m;
3. com micro gotejadores colocados, individualmente, para cada planta.
Neste último sistema acopla-se à mangueira de ½”, botões gotejadores, distribuidores, micro tubos e estacas, cravadas próximas à planta, uma vez que são as responsáveis pelo gotejamento.
Hidroponia
O tempo de irrigação, no sistema semi-hidropônico, normalmente é em torno de 2 a 5 minutos, sendo fornecido até 1 l. de água por saco, por irrigação, dependendo da época do ano e da condição climática.
Outros equipamentos necessários são: um conjunto moto-bomba, reservatórios de água para o preparo da solução nutritiva e irrigação do sistema, um condutivímetro para medir a condutividade elétrica da solução e um medidor de PH para descobrirr o pH da solução.
Manejo da solução nutritiva:
As soluções nutritivas para hidroponia podem ser adquiridas prontas no mercado ou ser formuladas por técnicos. No caso da 2ª opção, usar a formulação dos Quadros 1a/ 1b.
As aplicações dos nutrientes são realizadas semanalmente, no entanto a freqüência de irrigação varia conforme a cultura. Durante a fase reprodutiva faz-se irrigação a cada 04 dias; dependendo da temperatura do ambiente, na fase reprodutiva, é realizada a cada 1/2 dias. A condutividade elétrica dessas soluções iniciais (fase vegetativa e frutificação) ficaria ao redor de: 1,4, 1,5 mS/cm.
Substrato para morangos em hidroponia:
O substrato serve como suporte onde as plantas fixarão suas raízes, o mesmo retém o líquido que disponibilizará os nutrientes às plantas. Um substrato, para ser considerado ideal deve apresentar características como:
elevada capacidade de retenção de água, tornando-a facilmente disponível;
decomposição lenta;
disponibilidade no mercado;
baixo custo.
Existem vários tipos de compostos que podem ser utilizados para a formulação de substratos para o cultivo semi-hidropônico:
casca de arroz carbonizada;
mistura de casca de arroz carbonizada + casca de pinus;
mistura de casca de arroz carbonizada + turfa + vermiculita, entre outros.
Os substratos podem ter origem de materiais orgânicos (casca de arroz, turfa e húmus) e minerais (vermiculita e perlita).
Casca de Arroz Carbonizada
A casca de arroz carbonizada tem sido mais utilizada como substrato, pois é estável física e quimicamente sendo, assim, mais resistente à decomposição. Apresenta, porém, alta porosidade, que pode ser equilibrada com a mistura de outros elementos (turfa, húmus, vermiculita, etc.).
Turfa
A turfa é um material de origem vegetal. Pesa pouco e tem elevada capacidade de retenção de água. Para ser usada como mistura em substratos deve ser picada.
Vermiculita
A vermiculita é um mineral com a estrutura da mica, que é expandida em fornos de alta temperatura. É utilizada devido à sua alta retenção de água, elevada porosidade, baixa densidade, alta capacidade de troca catiônica (CTC) e pH em torno de 8,0.
Perlita
A perlita é obtida do tratamento térmico que se aplica à rocha de origem vulcânica. Sua porosidade é alta e retém água até cinco vezes o valor do seu peso; seu pH fica entre 7,0 e 7,5. Pode ser misturada a outros elementos como a turfa e a casca de arroz carbonizada. Sendo um material obtido de lavas vulcânicas, o mesmo não é produzido no Brasil. Isso faz com que se opte por compostos encontrados com facilidade no mercado interno.
Acondicionamento do Substrato:
O substrato deverá ser acondicionado em embalagens de filme tubular, preferencialmente branco, disponível no mercado. Embalagens claras ajudam a evitar o aquecimento da água e, conseqüentemente, do substrato em seu interior, evitando que as raízes sofram algum dano devido à elevação da temperatura em dias quentes.
As embalagens para o acondicionamento do substrato podem variar quanto ao tamanho e, conseqüentemente, quanto ao número de plantas que a mesma suportará. Os tamanhos mais utilizados são de 0,3 x 1 m de comprimento e 0,3 x 0,35 m, para comportar oito e quatro plantas, respectivamente.
As embalagens utilizadas com o sistema de irrigação por microgotejamento, após ser colocado o substrato, possuem as seguintes dimensões: 0,3 x 0,35 x 0,10 m.
O volume de substrato que cada embalagem acondiciona é de, aproximadamente, 8 L. Nessas embalagens pode-se plantar quatro mudas de morangueiro. Na parte inferior das embalagens são feitos furos para que ocorra a drenagem da água.
O uso de embalagens menores apresenta-se mais vantajoso, caso ocorra alguma doença, pois poucas plantas serão contaminadas e perdidas, e pouco substrato será descartado.
Custos de produção
Os custos de produção apresentados na Tabela 1 são referentes a uma estufa de 315 m², construída na Estação Experimental de Fruticultura Temperada da Embrapa Uva e Vinho em Vacaria, RS. Esta estufa é destinada à pesquisa, portanto uma parte da mesma está sendo utilizada em prateleira, no sistema semi-hidropônico, e a outra parte com um experimento no solo, totalizando 1.200 mudas. Se for toda utilizada no sistema semi-hidropônico, com 2.400 mudas, terá uma produção de 1.920 kg. Considerando-se que cada planta produz, no mínimo, 0,8 kg por ciclo, o produtor terá uma receita, por ciclo, de R$ 15.360,00 por estufa.
Tabela 1. Custos de construção de uma estufa com 315 m² utilizando-se o Sistema de Produção Semi-hidropônico.
Plantando morangos no solo
O morango (Fragaria vesca) é uma herbácea perene, rasteira e de pequeno porte, caracterizada por uma folha com três folíolos e pequenas flores brancas. Existem dois tipos de morangueiros: os remontantes (crescem continuamente entre Junho e Outubro) e os não-remontantes (produzem morangos apenas uma vez por ano entre Abril e Junho). Os primeiros devem ser plantados na Primavera e os segundos no final do Verão, preferencialmente em Agosto/Setembro. Apesar de murcharem no Outono, as raízes do morangueiro sobrevivem aos meses mais frios do ano para voltarem a florescer mal chegue a Primavera.
AS CONDIÇÕES IDEAIS
Os morangueiros necessitam de muito sol direto, no mínimo 6 horas diárias. A terra deve ter níveis de pH entre os 5.0 e os 7.0. Os morangueiros não gostam de terra seca, nem da terra encharcada, o solo tem que manter a umidade e também permitir o escoamento para não encharcar. Os morangueiros podem ser plantados em cultura extensiva ou em canteiros delimitados, mas também florescem em vasos, potes ou num barril de madeira ou garrafas PET.
CULTIVO
No transplante, retire qualquer raiz danificada e apare as maiores para que não ultrapassem os 10-12 cm em comprimento removendo as flores, estolhos e folhas velhas; devem ser colocados na terra com as raízes voltadas para baixo, formato de leque e a coroa nivelada com a superfície da terra e compactando a terra em torno da planta e regue bem.
As filas devem ter um espaçamento de cerca de um metro por carreira a uma distância de cerca de pelo menos 50 cm entre as plantas.
MANUTENÇÃO
Os morangos precisam de ser bem regados pelo menos uma vez por semana e deve ser usado o sistema de “mulch” para proteger o solo contra ervas daninhas e para preservar a umidade da terra. a palha é um ótimo sistema para manter os frutos limpos e secos.
Mantenha sempre o solo livre de ervas daninhas tomando cuidados para não danificar as raízes dos morangueiros.
Um fertilizante equilibrado pode contribuir no cultivo. A primeira fertilização deve ocorrer no início de cada Primavera, sendo a primeira aplicação no transplante e a segunda após a colheita dos frutos.
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